segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Mente cotidiana

Desci para pagar contas no banco, espera de 30 minutos ideal para um zazen. No mercadinho, onde compro uns legumes, uma manchete de assassinato no jornal chama a minha atenção. Um crime passional praticado por duas adolescentes, mulheres. Horrorizo-me um pouco, preocupo-me outro tanto, reflito sobre os ciúmes amorosos e penso em uma protopromessa de não me envolver em paixões, para evitar este tipo de coisa. Quem dera.

Em casa, estou satisfeito lendo algo que me apraz quando vejo mais notícias sobre a faixa de Gaza. Penso em como é vergonhoso estar feliz e satisfeito quando as pessoas estão nesta situação, temo um pouco pela minha segurança, reflito sobre como seria se eu morasse na faixa de Gaza, imagino o porquê das pessoas não quererem sair daquele território, e fico remoendo o ódio e agressividade humanos, sentindo um medo tênue, vontade de proteger-se contra o mundo.

Logo depois estou de volta lendo algo agradável sobre uma escavação arqueológica pelos traços históricos de Sidarta Gautama...

Você quer escapar das suas tristezas e sofrimentos? O mundo oferece uma multidão de soluções - temporárias, claro, como tudo. Só o apanhado acima, de poucos minutos de um dos meus dias, é um belo exemplo. Para curar tristezas, basta dar um tempo, que logo logo aparece outra coisa.

Agora, se é exatamente isto que te incomoda, a coisa complica.

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