gasshō (合掌, gatsu+shō, isto não tem mais fim!) é, literalmente, o "mãos em prece" da sensei Coen; mãos colocadas unidas palma com palma na altura do peito, a postura de reza que gostamos ou não, dependendo da nossa experiência prévia com ela.
Pra metade do mundo esta postura de mãos - mudrā - é conhecido como añjali mudrā, o mudra de "respeito ou veneração", também podendo servir como símbolo da união não-dual, do tatha, ("suchness") e demais quetais. Também pode servir como simples cumprimento, o famoso namastê - que tem aquela tradução enorme e açucarada a la Weiss como "o D'us que habita em mim reconhece o D'us que habita em você, e vice-versa e ambos".
Ao lado, temos Al Gore em gasshō/añjali/namastê, seja por respeito, veneração, boa educação, inteligência, motivos escusos ou todas as anteriores.
Para o pessoal do yoga, o añjali mudrā pode ser utilizado em vários asanas e há a famosa surya namaskar(a), a Saudação ao Sol, que é uma excelente maneira de começar o dia e que aprendi, muitos anos atrás, em uma cobertura no Leblon, nas férias mais novela-das-oito que tive em minha vida - depois de ter encontrado uma Garoupa de 100 reais, vinda para lavar os meus pés como filha de Iemanjá, nas águas de Ipanema. Divago, mas é a pura verdade.
No budismo, aliás, há diversos mudras que podem ser conferidos nas estátuas e nas representações do Buda. Vários são usados na prática cotidiana do budismo em vários lugares, dentre eles o já mencionado mudra de veneração e o mudra de meditação (dhyāna mudrā), que faz parte do kit zazen.
Há uma importância a ser aprendida naquilo que fazemos com as nossas mãos, e como o fazemos. Na prática do zen, por exemplo, é indicado que se empregue as duas mãos, se possível - ao pegar alguma coisa, por exemplo. As mangas da roupa de um monge zen são compridas, para forçar que se preste atenção ao movimentá-las.
No aikidō, o mesmo princípio: mantenha as mãos na frente do corpo, e siga-as com os olhos.
Há a célebre imagem dos homúnculos do córtex, os dois homenzinhos distorcidos que mostram, figurativamente, a representação das partes do corpos nos córtex sensorial e motor. Mãos e lábios saem ganhando, de disparada, nos dois.
É fácil perceber a importância das mãos na nossa vida; um pouco menos fácil é pensar que, de certo modo, somos mãos ambulantes, e que as nossas mãos, além de terem tido um papel especial na evolução humana, têm uma relação deveras especial com o cérebro. E têm.
Pra metade do mundo esta postura de mãos - mudrā - é conhecido como añjali mudrā, o mudra de "respeito ou veneração", também podendo servir como símbolo da união não-dual, do tatha, ("suchness") e demais quetais. Também pode servir como simples cumprimento, o famoso namastê - que tem aquela tradução enorme e açucarada a la Weiss como "o D'us que habita em mim reconhece o D'us que habita em você, e vice-versa e ambos".
Ao lado, temos Al Gore em gasshō/añjali/namastê, seja por respeito, veneração, boa educação, inteligência, motivos escusos ou todas as anteriores.
Para o pessoal do yoga, o añjali mudrā pode ser utilizado em vários asanas e há a famosa surya namaskar(a), a Saudação ao Sol, que é uma excelente maneira de começar o dia e que aprendi, muitos anos atrás, em uma cobertura no Leblon, nas férias mais novela-das-oito que tive em minha vida - depois de ter encontrado uma Garoupa de 100 reais, vinda para lavar os meus pés como filha de Iemanjá, nas águas de Ipanema. Divago, mas é a pura verdade.
No budismo, aliás, há diversos mudras que podem ser conferidos nas estátuas e nas representações do Buda. Vários são usados na prática cotidiana do budismo em vários lugares, dentre eles o já mencionado mudra de veneração e o mudra de meditação (dhyāna mudrā), que faz parte do kit zazen.
Há uma importância a ser aprendida naquilo que fazemos com as nossas mãos, e como o fazemos. Na prática do zen, por exemplo, é indicado que se empregue as duas mãos, se possível - ao pegar alguma coisa, por exemplo. As mangas da roupa de um monge zen são compridas, para forçar que se preste atenção ao movimentá-las.
No aikidō, o mesmo princípio: mantenha as mãos na frente do corpo, e siga-as com os olhos.
Há a célebre imagem dos homúnculos do córtex, os dois homenzinhos distorcidos que mostram, figurativamente, a representação das partes do corpos nos córtex sensorial e motor. Mãos e lábios saem ganhando, de disparada, nos dois.
É fácil perceber a importância das mãos na nossa vida; um pouco menos fácil é pensar que, de certo modo, somos mãos ambulantes, e que as nossas mãos, além de terem tido um papel especial na evolução humana, têm uma relação deveras especial com o cérebro. E têm.
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