Não adianta, minha gente, não adianta: ao que tudo indica, a figueira "centenária" da praça XV, em Floripa, não garante o Despertar.
Trata-se, ao meu ver, de uma
ficus macrophylla, a "grande figueira estranguladora", e não uma
ficus religiosa, a "árvore Bo(dhi)", a figueira pipal. Mas um dia ainda passo por lá e dou uma olhada nas folhas, que me responderão com clareza. Quem sabe então, em vez de dar sete (ou três) voltinhas para encontrar o amor de nossas vidas, possamos dar umas 49
dhyanadas, para despertar em nossas vidas.
Sentados nos banquinhos de madeira,
certes, para não chamar muita atenção ao pular a cerquinha.
A árvore bodhi suscita uma certa admiração dos povos de países com população budista. O templo Mahabodhi, em Bodhgaya, encontra-se no suposto lugar onde Siddharta sentou-se debaixo da tal figueira. Lá encontra-se uma figueira que é dita ser da mesma linhagem figóica que a original. Outra figueira-filha encontra-se no Sri Lanka.
Uma árvore grandiosa, frondosa, verde - aquele verde oliva de lugares com sol farto e claro, quer coisa melhor para um andarilho? E descontemos toda aquela mitologia e aquela carga simbólica de árvores grandes e raízes profundas e copas siderais e fonte do rio da vida e eixo do mundo.
Siddharta era um moço teimoso e sedento: não sairei debaixo desta árvore enquanto não responder a minha pergunta!
Como queirais, como queirais.